PhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucket

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

«Faça lá um poema» - Resultados do Concurso

A ESMAX TEM POETAS E POETISAS!

Resultados:

Secundário
Poema da esperança, Carolina Moreira, nº7, 10º1
Mundo cinzento, João Ribeiro nº17, 11º1
Orgulhosamente imperfeita, Ana Oliveira, Nº3, 10º1,

Poema da Esperança

Se o mundo saísse do lugar
O mar iria ocupar o sítio do ar

E todo o horror e destruição
(Falhas humanas de compreensão)
Seriam capazes de desaparecer
Mas cabe ao Homem isso perceber

E todos os perdidos e sós
Iriam encontrar os seus caminhos
Por entre espinhos e pós
Nem que tenham de os percorrer sozinhos

Se o novo lugar do mundo
Fosse limpo como a luz da madrugada
E não este canto imundo
Impregnado de incerteza e nada

A consciência humana tenta criar
O seu mundo perfeito
Sem conseguir achar
Em todo o mal, os seus próprios defeitos


Carolina Moreira (10º1)


Básico
O Grito, Matilde Quintela nº 18, 9º5
No papel de um chocolate, Catarina Ferreira, nº11, 9º8
Viajante, Pedro Pereira nº19, 7º6

O Grito

Um grito silencioso na silenciosa noite.
[Como?]
Só eu o ouvi, só eu o ouço
Só eu me movo discretamente pelas sombras
Só eu, sozinha no calabouço.
[Calabouço aqui?]

Ai quanto eu sofro por ti!
[Quem?]
Voltando ao grito
Aflito, mas tão silencioso com um amor que nunca existiu
[Ou que nunca teve uma existência permitida, quiçá?]
Que ecoa loucamente nas paredes da minha mente
[E repete e repete e repete?]

Estou a ficar demente!
O grito é de todos os homens que sofrem!
De todas as mulheres que suportam a insistente dor no corpo e alma
[Tão insistente como o eco do grito?]
É de todos!
Estão todos em uníssono berrando na minha cabeça.
[Que querem eles?]
Talvez os ouça por estar tanto tempo imerso na ausência de som
Fechada no calabouço invisível aos olhos de todos.
[Porque não escapas?]
Minha garganta alterada não produz mais som, estou confinada a isto
A ouvi-los, tão desesperados quanto eu!
Quero sair, quero sair!
Mas tu ostentas a chave
E és tu que me fazes levar metafóricas facadas no peito
Na vã tentativa de os calar.

E fico, sozinha, a escutar
Todas as silenciosas noites.
[E agora?]

Matilde Quintela (9º5)

2º Ciclo

Eu queria ser…

Queria ser pássaro
Para poder voar
Voar no céu azul
E observar o mar

No mar queria ser concha
Para abrir e fechar
Lançar bolhas transparentes
E vê-las flutuar

Queria sentar-me na areia
Ver uma criança passar
Ser o seu chupa-chupa
Para ela me saborear

Queria ser barco
Para navegar no mar
Encontrar uma sereia
Que me ensinasse a cantar

Queria ser chiclete
Para encher e aumentar
Na boca duma criança
Sonhos lindos, de encantar

Quanto mais quero ser
Tanto mais quero sonhar
Vou crescendo por dentro
E aprendo a pensar.

Mariana Ferreira Antunes, N.º 18, 6º3

1º ciclo
Não sei trabalhar

Não quero trabalhar
Porque não gosto de escrever
Às vezes dou muitos erros
E a minha letra é feia.

Eu não sei pintar
Porque faço riscos nas folhas
E não gosto de pintura
Porque penso na casa do meu avô
E faz-me pensar nele…
Ele está em Angola
E se calhar não vem na Páscoa.

Eu estou a aprender a ler
Porque estudo com a Joana
Ela é como se fosse minha mãe
Eu gostava pouco de ler
Mas agora gosto muito.

Eu gosto de Matemática
Porque quero aprender a dividir
E quero aprender as tabuadas.

Eu no Colégio trabalho
Porque se lá não trabalhar
Recebo o merecido castigo.

Afinal há trabalho que sei fazer
Mas outro que quero aprender.

Rafael Ribeiro
4º ano, Turma 22 – CEM


Parabéns aos participantes e aos vencedores!

Sem comentários: